sexta-feira, janeiro 25, 2008

Reflexões sobre um e-mail - Gatinha e Simão, segunda parte...e última ?

E a Gatinha e o Simão lá continuam...





À GRANDE E À FRANCESA - Viver com luxo e ostentação




Naquele verão os turistas tinham invadido a Vila. Simão nunca vira tanta gente estranha. Até que um dia uma viatura diferente - caravana ou coisa parecida - estacionara, durante uns dias, frente à sua porta. Vários humanos que não lhe chamaram a atenção, entravam e saíam. Mas com eles, linda, enorme, de pêlo cinzento, uns olhos azuis brilhantes, a mais bela cadela que ele já vira. E apaixonou-se ao primeiro olhar. Passava a vida a latir e a pedir rua, e quando isso não acontecia ía para a janela na tentativa de a ver. O que acontecia com frequência. Percebeu que era gente de muitas posses e algum luxo. Luxo esse que era extensivo à sua amada. Percebera também, pelas letras da viatura, que devería ser francesa. Oh, Paris, quem lhe dera poder passear com ela nos Campos Eliseos ou em Saint Germain. Como ele gostaría de viver com ela À GRANDE E À FRANCESA.




COISAS DO ARCO-DA-VELHA - Coisas inacreditáveis, absurdas, espantosas, inverosímeis
O Simão andava triste, cabisbaixo e um bocado chato. Ladrava e latia por tudo e por nada. E a razão, afinal, era a sua preocupação pelo estado do dono. Que andava estranho. Doente ? Talvez. Mas o pior dos sintomas era aquela apatia constante, a tristeza nos olhos, o choro disfarçado e uma vontade tremenda de dormir.(Alguma mosca tsé-tsé o picara...). Estava irreconhecível. Perdera o interesse por tudo aquilo que gostava. Andava ausente. Embora aparentemente tudo parecesse normal - para alguns - o Simão sabia que algo muito grave se passava. Para ele só podiam ser COISAS DO ARCO-DA-VELHA.

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Reflexões sobre um e-mail - Gatinha e Simão, primeira parte

Recebi há tempos um e-mail com o título " O SABER NÃO OCUPA LUGAR " .

Bastante interessante, trazia no topo várias expressões populares, depois o significado e a origem da expressão.

A dada altura apanhei os meus bichos a reflectir sobre elas e começaram os apontamentos.



ERRO CRASSO - Erro grosseiro

O Simão habituado ao seu passeio tardio, não se deu conta que tinha anoitecido, desta vez mais cedo pois a chuva caíra todo o dia. Na Correnteza, lugar que já não frequentava há muito, algo lhe chamou a atenção. Curioso foi espreitar e acabou com um salto tremendo pois alguma coisa o assustara. Cometera um ERRO CRASSO. Não se espreita, impunemente, para a toca dos ratos.


TER PARA OS ALFINETES - Ter dinheiro para viver


A Gatinha não precisava de se preocupar. Comida e água à disposição e uma cama fofa onde se deitar. Daí a surpresa ao descobrir num canto muito isolado de um móvel, várias moedinhas antigas que escondera com habilidade. A Gatinha, esperta, ouvira falar que TER PARA OS ALFINETES era algo que fazia sentido.

DO TEMPO DA MARIA CACHUCHA - Muito antigo

As velharias (não "antiguidades") amontoavam-se no sótão. Havia de tudo. Caixas de cartão, cheias e vazias, utensílios de cozinha, jornais, revistas e muito, muito lixo.
Num dos dias em que a pequena porta do sótão ficara aberta a Gatinha esgueirou-se, andou por alí, demorou-se, e mais tarde ao voltar trazia na boca uma pequena bola, quase desfeita, desbotada, certamente DO TEMPO DA MARIA CACHUCHA.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

CARLOS SAMPAIO


Na despedida, esperemos que reversível, de Carlos Sampaio do Palavra Puxa Palavra, aqui ficam as suas fotos durante o tempo em que participámos em conjunto. E um Obrigado por todas as quintas-feiras.

(De novo a chamada de atenção para a falta do til e da cedilha. No slide ficam uns " monstrinhos")

sábado, janeiro 05, 2008

Arte na Chuva


Acabaram as Festas. Foi-se o Natal e o 1º do Ano. Para alguns ainda falta o dia de Reis. O verdadeiro dia da entrega das prendas, para aqueles que cumprem a tradição. Pois foi neste dia que os Reis Magos entregaram ao Menino-Deus as suas melhores ofertas.
Acabaram as Festas. Para mim, felizmente.
E não vale a pena lembrar aqui tudo quanto é falso nestes meses que começam em Novembro e se estendem, se estendem...

Como dizia o poeta, e muito bem, Natal é quando um Homem quizer. Pois vamos começar a comemorar de hoje até Dezembro e depois, e depois...

Sintra acordou em nevoeiro e chuva. Linda. E valeu a pena ter ficado encharcado ( o som que não ouvem é da roupa a secar ) e passear na Volta do Duche. Desta vez sem o Simão. Não tinha muitas defesas e não ía colocá-lo na máquina... Está aqui ao meu lado e manda-vos lambidelas.