terça-feira, maio 17, 2011

565 - Embaixadores

" Costumo dizer que um homem nunca é tão mau como a sua pior atitude, nem tão bom como a sua melhor.
Ora bem, em relação ao meu cão o caso muda de figura, ou seja, não tenho a menor dúvida de que ele é tão bom como a sua melhor lambidela.
Sou um "pai" recente e é cheio de orgulho que assumo que amo o meu "filho", Sôtor.
O Sôtor é um cão feliz e eu sou um homem mais feliz ao lado dele.
Tenho aprendido imenso.
Acredito que a única forma de se viver um amor é de forma incondicional e se pensarmos bem, os animais fazem isto muito melhor que nós. Eles dão e dão e dão sem cobrar nada.
Quantas pessoas conhecemos assim?
Há pouco tempo li que os cães duram menos tempo que nós porque têm menos assuntos para resolver.
É verdade! Eles sabem perdoar, aceitar um mau dia do dono ou um dia inteiro na varanda, eles sabem amar e dar como ninguém.
Deixem-me partilhar uma história recente:
Um dia, tinha o Sôtor oito meses, castiguei uma outra cadela que tinha em casa amarrando-lhe a trela ao corrimão da varanda durante um período de tempo. O que aconteceu a seguir foi extraordinário e além de me ter levado as lágrimas aos olhos, convenceu-me de que tinha em mãos um ser especial. Imediatamente a seguir ao início do castigo, o meu cão desapareceu-me da vista e quando, largos minutos depois, fui à procura dele, encontrei-o na varanda com um semblante de herói tímido, a comer, literalmente, a trela da outra cadela para que dessa forma a conseguisse libertar.
O meu instinto fez-me abraçá-lo e dizer-lhe ao ouvido: - eu compreendo-te, tinha feito o mesmo que tu.
Soltei a cadela e ambos adormeceram à minha frente.
A lição foi adquirida. Muitas mais há-de me ensinar.
Somos todos professores e alunos uns dos outros... estejamos atentos a estes exemplos de quatro patas.
Bem hajam. "
Gustavo Santos
Actor e Modelo

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Gosto muito do texto anterior.
A história dos meus Amigos de quatro patas não é tão comovente. Não sou Embaixador da Bianca (reservado para pessoas conhecidas). Mas a história dos meus Amigos de quatro patas, repito, é minha e gosta dela.
Herdei, em várias fases, animais que outros quizeram um dia. Foi assim com o Simão primeiro e com a Gatinha depois. O Simão, caniche branco e bastante reguila não me largava um segundo. É verdade que eu também o levava para todos os lugares (só não entrava nas Finanças porque não deixavam, e não era Contribuinte Fiscal)
Companheiro fiel durante muitos anos até numa "peça de teatro" entrou. Ele e a Gatinha.
(talvez apareça aqui, um dia)
As voltas da vida obrigaram à separação. Hoje o Simão tem outros donos. Tem outras condições e mais espaço. Mas está, não podia ser de outro modo, na minha memória e no meu coração.

Não fiquei sózinho. Após a partida do Simão fui adoptado. Sem aspas, "sem espinhas" como diz o ditado. A Gatinha, agora livre da presença do cão, apoderou-se de mim. É ela a minha grande companheira. Não vai às Finanças, nem fica à porta, porque não sai de casa. Mas neste território que é o dela, está presente em tudo o que faço.
A Gatinha é linda e oxalá não me deixe tão depressa.



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1 Comentários:

Às terça-feira, 17 maio, 2011 , Blogger Justine disse...

O teu Simão parece que se está a rir para o fotógrafo!
E a Gatinha, cmo todos os felinos, está a fingir que não sabe que está a ser fotografada:)))))
O que os homens poderiam aprender com a delicadeza, dedicação e lealdade dos bichos, se se dessem ao trabalho de os amar!

 

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